A Mão Esquerda de Deus - Paul Hoffman

Editora: Suma das Letras

Páginas: 328
Publicação: 2010

"Preste atenção. O Santuário dos Redentores no Penhasco de Shotover deve seu nome a uma grande mentira, pois há pouca redenção naquele lugar e ele tampouco serve de refúgio divino". (..) O cenário da trama é desolador. Habitado por meninos que foram levados para lá muito novos e geralmente contra a sua vontade, o Santuário dos Redentores é uma mistura de prisão, monastério e campo de treinamento militar. Lá, esses milhares de garotos são submetidos a uma sádica preparação para lutar contra hereges que vivem nas redondezas. A intenção dos Lordes Opressores, os monges que protegem o lugar, é fortalecer os internos tanto física quanto emocionalmente, preparando-os para uma monstruosa guerra entre o bem e o mal.

 

O livro é o primeiro da trilogia que conta a história de Thomas Cale, um menino que aparenta ter 14 ou 15 anos, que chega ao Santuário muito novo, assim como todos os outros meninos. Nesse Santuário ele é tratado de forma rígida, mais rígida do que com os outros garotos, sem saber o por quê de tais atitudes. No Santuário não é permitido amizade entre os acólitos (assim são chamados os meninos), a alimentação é extremamente precária, não é permitido questionar os Redentores, qualquer erro é castigado severamente (indo de socos até mesmo a morte). Todos têm um treinamento voltado para alguma habilidade útil para a guerra contra os Antagonistas (o que não crêem na mesma fé que eles), no caso de Cale assassinatos e estratégias de guerra ensinadas pelo Redentor Bosco, Lorde da Guerra. Depois de presenciar um ato horrível, Cale se vê obrigado a fugir do Santuário, seu destino Memphis, onde se passa a maior parte dos acontecimentos, inclusive um caso de amor. O livro me deixou interessado do começo ao fim, com um tom meio sombrio o autor é direto o que faz a história ser bem movimentada, não exagera nos detalhes de lugares, diz apenas o suficiente para que você consiga imaginar como é. A história não é contada por nenhum dos personagens, narração onisciente, permitindo saber a reação de cada um deles. Imprevisível, assim defino a história, a cada capítulo que passava, me despertava a curiosidade para saber o que iria acontecer. Confesso que não esperava o final apresentado, achei muito boa a história, e estou a espera da continuação. 

                                                                              Por Hégon Henrique